sexta-feira, 15 de março de 2013

O tal do 5R87E



Pois cá estou eu revivendo este blog praticamente natimorto, já que a última atualização foi em Fevereiro... de 2009! Muita coisa aconteceu nesse meio tempo, que colaborou para esse “longo inverno”. E para reacender o blog resolvi contar a epopéia que foi a aquisição de um legitimo Opala SS-4 1980, precisando urgentemente de cuidados de um autoentusiasta que, além de gostar muito de carros, tem o danado do bichinho da ferrugem no sangue e uma queda especial pela linha Opala/Caravan.

Estava eu tranqüilo e despreocupado dando uma zanzada pelo Facebook lá para meados de Outubro do ano passado quando, de repente, me salta aos olhos um anúncio do OLX, ofertando Opalas a partir de tantos reais. E a foto do thumbnail era justamente daquele que viria ser meu carro de diversão. Ignorei o anúncio por cerca de duas semanas, até que não foi possível mais resistir (e o anúncio não sumia jamais!) e acabei por acessar o dito cujo.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Acidentes de trânsito

Li no UOL uma resenha a respeito dos acidentes de trânsito no Brasil. São 6,2 vidas ceifadas para cada 100 mil veículos da frota brasileira. É muito, conforme o próprio diretor do Denatran concorda, Alfredo Peres da Silva. Tantos acidentes custam à união R$28 bilhões anualmente.

Mas o pior da notícia é apresentar falsos fatos que poderiam reduzir os acidentes de trânsito nesta terra brasilis. O primeiro ponto errôneo é a famigerada "Lei Seca". Incrível como insistem em dizer que o maior triunfo da lei é não tolerar absolutamente nada de álcool no sangue de motoristas, quando o que reduziu de fato o número de acidentes foi a fiscalização maciça. E não são somente motoristas embriagados que causam acidentes graves, existe um sem número de sóbrios fazendo barbaridades por aí. A fiscalização tem que ser forte para tudo, não apenas para bebidas alcoólicas. Chega de fiscalização apenas eletrônica para quem anda acima da velocidade estipulada, avança sinal vermelho ou fura rodízio em São Paulo, capital.

Depois vem o tal do air bag frontal obrigatório. É ridículo apregoar segurança depois que o veículo já se acidentou, sem contar que o problema mesmo são os impactos laterais. A área de deformação lateral dos veículos é praticamente inexistente, aliado ao problema do cérebro ser muito intolerante a desacelerações bruscas no sentido lateral. Desacelerações frontais são muito melhor absorvidadas sem danos por aquele órgão. Além disso, melhor que preservar a vida em acidentes é criar formas de minimizar a possibilidade de um acidente ocorrer. Isso é feito com melhor formação de motoristas, por exemplo, exigindo investimento muito pequeno de todos, menor até do que o custo de um air bag frontal para automóveis.

Ainda defendo que o que precisa mudar mesmo é a mentalidade do brasileiro. São poucos os que dirigem pensando na coletividade e de forma defensiva, antevendo o que vai acontecer mais à frente. Regras simples de boa conduta ao volante melhorariam sobremaneira a vida de todos. Exemplo? Simplesmente dar passagem quando alguém precisa mudar de faixa em vias com trânsito pesado. Isso evita que a pessoa seja obrigada a literalmente forçar passagem ou então se arriscar e entrar num "buraco" mínimo que se forma em meio à multidão de veículos. Como benefício adicional, o ato de dirigir torna-se muito menos estressante e mais prazeroso.

Só que triste é saber que, se depender do que presenciei no sábado último, mudança de postura ao volante é uma verdadeira utopia aqui no Brasil...

Phantom Corsair 1938

Fotos: Internet, Conceptcarsz, Ultimatecarpage


Que os anos 30 foram pródigos em automóveis aerodinâmicos, seguindo a tendência de desenho de carrocerias streamline, alguns de vocês já devem saber. Porém, talvez o automóvel mais marcante dessa época seja o Phantom Corsair, tendo um único protótipo produzido em 1938, que pode ser visto nas fotos deste post. O desenho da carroceria era radicamente diverso de tudo o que já havia sido pensado até então, mesmo considerando-se os demias modelos que seguiram a escola streamline.


O carro foi desenhado em conjunto por Rust Heinz e Maurice Schwartz, com o objetivo de ser um automóvel bastante avançado, de forma a antecipar os veículos de tempos futuros. Portanto, o chassi escolhido foi o do Cord 810, então o projeto mais moderno dos EUA. A mecânica do Cord 810 consistia de um motor V8 de 190 hp, acoplado a uma transmissão de 4 velocidades operada eletricamente, com tração nas rodas dianteiras. As supsensões eram independentes nas 4 rodas, contando ainda com amortecedores de carga ajustável.


O cuidado aerodinâmico chegou a extremos, como por exemplo a placa de licença traseira coberta por material transparente ou a área envidraçada mínima. Os pára-choques eram compostos por várias lâminas sobrepostas e não havia maçanetas ou retrovisores externos. Nem mesmo a grade dianteira foi mantida, algo incomum mesmo nos dias atuais.


Aliada à boa potência do motor Cord V8, o desenho bastante aerodinâmico da carroceria permitia velocidade máxima da ordem de 185 km/h, respeitável ainda hoje, podendo-se imaginar o que tal valor representava no final dos anos 30. E o Phantom Corsair podia levar 6 passageiros adultos com todo o conforto de um automóvel de luxo.


Porém, o veículo não passou da fase de protótipo, devido ao falecimento de Rust Heinz pouco tempo depois do único Phantom Corsair ter sido fabricado. A idéia inicial era produzir uma série limitada, com preço de venda de US$12,5 mil. Atualmente, o carro pertence ao National Automobile Museum, em Reno, Nevada, nos EUA.


O carro apareceu no filme “The young at heart”, também de 1938. Nesse filme o carro é chamado de “Flying Wombat”, apresentado como o carro do futuro. Acredita-se que os vários veículos que podem ser vistos no salão de vendas daquele filme sejam modelos em cera, já que apenas um único automóvel foi produzido. No jogo para PC “Mafia” também há o Phantom Corsair disponível, como um táxi bastante rápido.


Este ano o Phantom Corsair poderá ser visto no 14th Annual Amelia Islands Concours d’Elegance, entre os dias 13 e 15 de março, em uma de suas raras exibições fora do museu.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Perda de tempo

Sábado à tarde, indo para Campinas, me deparei com uma das cenas mais deprimentes de toda a minha vida. Não pelo fato em si, mas sim pela reação das muitas pessoas ao redor. Peço desculpas pelo tom um tanto quanto agressivo do texto, mas trata-se de um desabafo a respeito da mesquinharia que reina nesta terra brasilis.

O ponto da questão foi um incêndio que ocorreu em uma Kombi, na alça de acesso à Rodovia Santos Dumont, em Salto, região na qual o trevo com a Rodovia "Castellinho" encontra-se em obras. Cheguei ao local segundos após o início do incêndio, pois o trânsito acabara de parar cerca de 100 metros à minha frente.

De início parecia que o problema era apenas com a embreagem de uma carreta para transporte de combustível, o primeiro veículo a parar atrás da Kombi, devido à fumaça que subia ao redor do caminhão. Mal sabia que aquela fumaça era o princípio do fogo, que terminaria por se transformar em incêndio cerca de 2 minutos após. A Kombi estava na alça de acesso à Santos Dumont, portanto fora de minha visão. Quando me dei conta que havia um veículo em chamas na pista já era tarde demais. Cheguei no local e o fogo já tomava conta de toda a parte traseira da Kombi. Pensei ainda em fazer algo, mas o pequeno extintor dos automóveis pequenos em minha mão não seviria para mais nada. Aliás, somente grande volume de água poderia apagar o fogo, pois segundos após eu chegar ao local, os bancos começaram a queimar furiosamente.

Foi aí que comecei a prestar atenção nas pessoas ao redor, que estavam mais próximas e viram, TODAS, quando o motorista desceu com o extintor na mão tentando apagar o princípio de incêndio. Me senti então em um circo de horrores, com as pessoas se divertindo com a desgraça alheia. Alguns tiravam fotos, outros filmavam o veículo em chamas, havia risadas de alegria, pude ouvir até um "olha só que 'animar' a kombosa pegando fogo"... Outros chegaram ao absurdo de reclamar, pois aquilo iria atrasar a viagem. Houve um idiota que pegou a via na contramão e por pouco não colide de frente com uma Picasso que vinha na mão correta. Devia haver mesmo muita pressa em um sábado de Carnaval para tal atitude absurda...

Claro que não é preciso dar uma de bom samaritano e sair ajudando a todos, ou mesmo se arriscar. Porém, um mínimo de respeito é necessário, ou melhor, essencial. Não se tratava de um veículo velho ou mal cuidado. Era um modelo mais recente, já com o teto alto. Pelo que sobrou após apagar o incêndio, era um veículo bem cuidado, com a chapa em perfeitas condições, sem sinais de corrosão. Mesmo que fosse um carro velho e caindo aos pedaços, não se justifica achar bonito um incêndio.

Disso tudo, tirei algumas conclusões. A primeira delas é que não adianta nada exigir um extintor de incêndio com pó químico especial, para fogo das classes A, B, C e D, como é feito para os carros novos. A carga de 1 kg é mínima e, para piorar, ninguém se preocupará em ajudar quem precisar usar o extintor. O proprietário que se vire, meu extintor é que não vai ser usado em carro alheio, essa foi a grande verdade do que observei. Disso sai a segunda conclusão, de que não adianta absolutamente nada exigir um curso de primeiros socorros e dar noções de como agir am situações de emergência. O egoísmo das pessoas impede que haja algum benefício útil desse curso exigido por ocasião da primeira habilitação ou renovação de uma CNH mais antiga.

Agora entendo perfeitamente porque o trânsito brasileiro é como é. Não existe um mínimo de civilidade ou companheirismo. Impera o "salve-se quem puder", "eu por mim e Deus por todos". Por isso é que morrem mais de 45 mil brasileiros a cada ano, vítimas diretas de acidentes de trânsito. Isso sem contar os mutilados, que permanecerão o resto de suas vidas com alguma limitação, seja física ou mental.

Também compreendo o porquê de um programa ridículo como o Big Brother ter tamanha audiência. E ainda querem dizer que o Brasil está indo rumo ao Primeiro Mundo. Ledo e revoltante engano...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Obrigatoriedade do air bag

Acabei de ler no Yahoo! que a Câmara aprovou a lei que obriga os automóveis novos no Brasil a saírem de fábrica com air bags frontais, para motorista e passageiro. O projeto segue agora para o Planalto, a fim de que o presidente da república sancione a lei.

Para novos lançamentos, a lei passa a valer a partir do primeiro ano de sua regulamentação pelo Contran. Para modelos já existentes, essa obrigatoriedade passará a valer somente após 5 anos de o Contran ter regulamentado a lei.

O air bag é um assunto bastante polêmico. Eu, particularmente, não tenho interesse em adquirir um veículo equipado com air bag, por tratar-se de um equipamento de segurança passiva, ou seja, atua somente após o acidente ter ocorrido. Portanto, até que o air bag se torne estritamente necessário, o motorista teve tempo para atuar e, no mínimo, reduzir as consequências do acidente. Isso considerando-se um motorista experiente, que conheça os próprios limites e o do carro. Porém, como defendo que todo motorista deveria se empenhar em dirigir da melhor maneira possível, a justificativa de que os "motoristas padrão" não sabem atuar em emergências, não cola.

Prefiro usar o valor do air bag para equipar o veículo com freios, pneus e suspensões de melhor qualidade, pois isso é segurança ativa, equipamentos que ajudam a evitar acidentes. Aliás, freios sem ABS ou qualquer outro auxílio eletrônico, pois não gosto que a máquina decida por mim como frear.

Para ler a notícia na íntegra, clique aqui.

Seguro para que?!

Recebi as fotos abaixo por e-mail. Fico imaginando o que esse pessoal não faria nesta terra brasilis...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Bel Air "Merlin V12" 1955

Não consegui muita informação deste insano Bel Air 1955, equipado com nada menos que um Rolls-Royce Merlin V12, o mesmo motor usado, entre outros, no avião de caça americano da Segunda Grande Guerra, P-51 Mustang. Trata-se de um V12 de 27-litros, com peso da ordem de 700 kg ou mais, dependendo da versão.

Para a instalação no Bel Air, o motor recebeu mudanças no sistema de alimentação, superalimentação e em toda a parte de baixo, para ficar ainda mais potente, com cerca de 3000 hp, pois os até 2030 hp originais não pareciam suficientes...

O carro levou mais de 10 anos para ficar pronto (somente o chassis levou 5 anos para ser fabricado e ajustado a contento), sendo construído por um preparador na Austrália, Rod Hadfield, finalizado em outubro de 2002. O valor total do empreendimento ultrapassou a cifra de US$1 milhão!

Toda a parte estética do carro, incluindo o interior, foi pensado de forma a reproduzir ao máximo o cockpit de um P-51 usado no 352nd Fighter Group durante a Segunda Guerra.

Para aqueles que gostam de torque abundante já nas baixas rotações, esse carro é o paraíso!!! Segue abaixo um link de vídeo com o bólido. O ronco dos motores Merlin V12 é fantástico!


Clique aqui para ver mais fotos