Outro dia estava pensando em nosso caótico trânsito, procurando motivos para tentar compreender o porquê de tamanha balbúrdia e violência sobre rodas.
Bem, numa primeira análise, motivos não faltam: há pouco investimento em melhorias viárias mas, quando algo acontece, a (anti-)engenharia de tráfego faz sua parte e, em geral, põe tudo a perder; a formação de novos motoristas é pífia, ensina-se somente a passar no exame prático (e olha lá...); patrulhamento de trânsito praticamente se resumiu a radares fotográficos para autuar veículos acima da velocidade permitida (muitas vezes abaixo da ideal e cheia de armadilhas), avanço de sinal vermelho e veículos que furam o rodízio na cidade de São Paulo; e por aí vai...
Porém, acabei chegando à conclusão de que o maior problema são boa parte das pessoas verem os automóveis como somente um meio de transporte, feito para levar pessoas e suas eventuais bagagens do ponto A ao ponto B. Dessa forma, uma viagem resume-se somente ao destino. Todo o trajeto, mesmo que percorrido por paisagens maravilhosas, só serve para incomodar. Aí, no caminho de volta, todos dirigem feito doidos, para chegar o mais rápido possível em suas casas. Tudo o que foi relaxado na viagem, rola por morro abaixo! Para esses, recomendo viajar de avião, pois o tempo da viagem é muito menor. Se o dinheiro estiver curto, que vão de ônibus então, pois hoje em dia os modelos com ar condicionado são cada vez mais comuns e pode-se dormir tranquilamente em todo o trajeto.
Pelo mesmo motivo, nas cidades, a coisa fica ainda pior. Claro que trânsito lento incomoda qualquer um mas, uma vez que são inevitáveis (não vou aqui entrar no mérito de que algumas boas obras viárias melhorariam - e muito - a vida atrás do volante, isso fica para outro post...), o melhor a fazer é curtir o seu veículo e tornar a vida de todos a melhor possível. Nessas horas, camaradagem é importantíssima. Essa mania de não dar passagem para os outros é de uma mesquinharia deprimente. Há até quem diga que existem pessoas que vendem a alma ao diabo para ganhar alguns metros na vida...
Mas muitos devem estar pensando que prazer ao volante só é possível a bordo de modernos veículos, de classes superiores, praticamente inacessíveis à esmagadora maioria, que se vê "presa" a simplórios modelos 1-litro. Ledo engano... O verdadeiro autoentusiasta sente prazer na versatilidade que alguns modelos mais acessíveis apresentam. Exemplos são os Fiat Uno e Renault Logan, uns "caixotes" sobre rodas, mas com espaço interno acima da média para os respectivos segmentos. Nem só de design faz-se um bom carro.
Também o desempenho avassalador vem em segundo plano para quem sente paixão por automóveis. Não é preciso voar baixo para se ter um bom veículo. O conjunto do carro como um todo é que agrada. Um chassi bem acertado, com suspensões que ficam no ponto exato entre conforto e desempenho, aliado a um escalonamento de marchas bem elaborado, torna o dirigir extremamente prazeroso. Pode-se sentir o carro e suas reações.
Eu amo de paixão o ato de dirigir. O simples trajeto diário que faço de casa para o trabalho é extremamente agradável! Aproveito cada mudança de marcha, cada virada de esquina, como se aquele dia fosse o primeiro em que estivesse dirigindo. Pode parecer loucura, mas em geral paro alguns instantes e fico observando o carro em detalhes, antes de entrar. Observo, por exemplo, a junção dos vidros dianteiro ao capô, a caída dos paralamas, ou qualquer outro detalhe que me salte aos olhos naquele momento. Isso me dá um prazer semelhante ao observar um bom prato de comida, daqueles que você gosta muito e sente água na boca só de lembrar!
Experimente ver os carros com outros olhos, ir além de um simples meio de locomoção. Cada modelo tem suas qualidades, o que vale é descobrir os pontos fortes de cada um. Saia do lugar comum, procure aprender um pouco mais sobre a arte de dirigir. Garanto, isso irá ajudá-lo bastante ao longo de sua vida ao volante, eventualmente permitindo sua sobrevivência em situações de risco, onde uma ação correta siginificará evitar o acidente. Saboreie o ato de dirigir e asseguro que a vida a bordo ficará muito mais prazerosa!
Bem, numa primeira análise, motivos não faltam: há pouco investimento em melhorias viárias mas, quando algo acontece, a (anti-)engenharia de tráfego faz sua parte e, em geral, põe tudo a perder; a formação de novos motoristas é pífia, ensina-se somente a passar no exame prático (e olha lá...); patrulhamento de trânsito praticamente se resumiu a radares fotográficos para autuar veículos acima da velocidade permitida (muitas vezes abaixo da ideal e cheia de armadilhas), avanço de sinal vermelho e veículos que furam o rodízio na cidade de São Paulo; e por aí vai...
Porém, acabei chegando à conclusão de que o maior problema são boa parte das pessoas verem os automóveis como somente um meio de transporte, feito para levar pessoas e suas eventuais bagagens do ponto A ao ponto B. Dessa forma, uma viagem resume-se somente ao destino. Todo o trajeto, mesmo que percorrido por paisagens maravilhosas, só serve para incomodar. Aí, no caminho de volta, todos dirigem feito doidos, para chegar o mais rápido possível em suas casas. Tudo o que foi relaxado na viagem, rola por morro abaixo! Para esses, recomendo viajar de avião, pois o tempo da viagem é muito menor. Se o dinheiro estiver curto, que vão de ônibus então, pois hoje em dia os modelos com ar condicionado são cada vez mais comuns e pode-se dormir tranquilamente em todo o trajeto.
Pelo mesmo motivo, nas cidades, a coisa fica ainda pior. Claro que trânsito lento incomoda qualquer um mas, uma vez que são inevitáveis (não vou aqui entrar no mérito de que algumas boas obras viárias melhorariam - e muito - a vida atrás do volante, isso fica para outro post...), o melhor a fazer é curtir o seu veículo e tornar a vida de todos a melhor possível. Nessas horas, camaradagem é importantíssima. Essa mania de não dar passagem para os outros é de uma mesquinharia deprimente. Há até quem diga que existem pessoas que vendem a alma ao diabo para ganhar alguns metros na vida...
Mas muitos devem estar pensando que prazer ao volante só é possível a bordo de modernos veículos, de classes superiores, praticamente inacessíveis à esmagadora maioria, que se vê "presa" a simplórios modelos 1-litro. Ledo engano... O verdadeiro autoentusiasta sente prazer na versatilidade que alguns modelos mais acessíveis apresentam. Exemplos são os Fiat Uno e Renault Logan, uns "caixotes" sobre rodas, mas com espaço interno acima da média para os respectivos segmentos. Nem só de design faz-se um bom carro.
Também o desempenho avassalador vem em segundo plano para quem sente paixão por automóveis. Não é preciso voar baixo para se ter um bom veículo. O conjunto do carro como um todo é que agrada. Um chassi bem acertado, com suspensões que ficam no ponto exato entre conforto e desempenho, aliado a um escalonamento de marchas bem elaborado, torna o dirigir extremamente prazeroso. Pode-se sentir o carro e suas reações.
Eu amo de paixão o ato de dirigir. O simples trajeto diário que faço de casa para o trabalho é extremamente agradável! Aproveito cada mudança de marcha, cada virada de esquina, como se aquele dia fosse o primeiro em que estivesse dirigindo. Pode parecer loucura, mas em geral paro alguns instantes e fico observando o carro em detalhes, antes de entrar. Observo, por exemplo, a junção dos vidros dianteiro ao capô, a caída dos paralamas, ou qualquer outro detalhe que me salte aos olhos naquele momento. Isso me dá um prazer semelhante ao observar um bom prato de comida, daqueles que você gosta muito e sente água na boca só de lembrar!
Experimente ver os carros com outros olhos, ir além de um simples meio de locomoção. Cada modelo tem suas qualidades, o que vale é descobrir os pontos fortes de cada um. Saia do lugar comum, procure aprender um pouco mais sobre a arte de dirigir. Garanto, isso irá ajudá-lo bastante ao longo de sua vida ao volante, eventualmente permitindo sua sobrevivência em situações de risco, onde uma ação correta siginificará evitar o acidente. Saboreie o ato de dirigir e asseguro que a vida a bordo ficará muito mais prazerosa!
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